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Se houver desconfiança, não terá meu voto!

Foto do escritor:  Vinícius Camargo – Conselheiro Deliberativo da PETROS Vinícius Camargo – Conselheiro Deliberativo da PETROS

Defenderei os interesses dos participantes, assim como já demonstrei ao fundamentar e votar contra o pedido de Cisão dos PPSPs pela Vibra Energia


Por Vinícius Camargo, Diretor Sindical e Conselheiro Deliberativo da PETROS eleito pelos trabalhadores


Sobre potencial seleção de diretor de investimentos da Petros e a tentativa da J&F de melar os pagamentos de acordo de leniência


Caros participantes, solidarizo-me com cada um que se vê cercado a cada nova manchete vinculada aos fundos de pensão publicadas e editadas por O Globo, Folha, o Antagonista, Estadão etc. Isto é, pelas mídias empresarial e ou de ultradireita que querem lhe tratar como gado, por ameaças constantes e pânico moral. Também, cercados por interesses de mercado mais do que incrustados nos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, nesta ordem de importância quanto aos impedimentos, tanto para o exercício pleno de contratos e direitos de aposentadoria, quanto negociações diretas com as Patrocinadoras.


Nesse sistema capitalista, nem bandidos confessos, que formalizaram a própria criminalidade no CNPJ de suas empresas por acordos de leniência, restam presos ou constrangidos em suas atuações empresariais, ao contrário, renovam suas cargas e práticas, no âmbito do STF, para descumprir decisão judicial que compreende acordo de leniência que assinaram. Dito isto, e, objetivamente, em se confirmando, formalmente, no âmbito de uma seleção, de competência do Conselho Deliberativo, haver candidatos a cargos e funções na PETROS, com um perfil, no mínimo inadequado, não contarão com meu voto, bem como buscarei articular com os demais conselheiros para garantirmos a admissão do melhor candidato possível, seja do ponto de vista técnico, seja do ponto de vista moral. E, ao meu ver, considerando o conjunto do atual Conselho, parece-me que, certamente, teria a devida adesão na defesa dos interesses dos participantes e da PETROS.


No momento, percebo que de fatos a ilações, ou de ilação em ilação, dirigem nossos olhares à caracterização de que somente há um “potencial picareta esquerdista” a ganhar poderes e interferir nos investimentos da PETROS em desfavor dos participantes. Lembrem, o mercado de picaretas é muito mais amplo e sistemático do que isso:


- alguns bagrezinhos do PT, PMDB, PP, etc, no recente passado, serviram aos tubarões do mercado, visto quem mais se beneficiava: Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS, J&F etc. Lembrem do “...sempre foi assim” de Emílio Odebrecht (https://youtu.be/6vn2bDfnF2g?si=A3Tqomd7N7OrwyHT );


- a operação GreenField foi enterrada pelo Procurador Geral da República, Augusto Aras, do Governo Bolsonaro. Ao que parece porque avançava contra malfeitos do então Ministro da Economia, Paulo Guedes, tubarão do mercado financeiro, que enriquecia a cada derrocada da nossa moeda (Panamá papers – https://www.netflix.com/pt/title/80994011).


As colorações partidárias envolvidas com corrupção ultrapassam, em muito, o PT. Pior, as históricas e oligárquicas máquinas de corrupção, e as novas máquinas lastreadas nos mesmos valores, travestidas de cristãs, evangélicas, patriotas e honestas, avançaram no último período, seja desde a eleição de Bolsonaro, e agora com as eleições municipais 2024 - O atentado ao STF e o inquérito sobre a tentativa de golpe explicitou o alto grau patológico e criminal da cúpula do governo golpista;


- o limpo homem do mercado, Walter Mendes (ex-presidente da PETROS), arrombou as portas para a sucessiva aplicação de PEDs na PETROS sem sequer, antes, tanto negociar a assunção de dívidas pelas patrocinadoras, quanto, na omissão delas, estruturar as devidas cobranças. E, tudo, sob o manto sagrado da Lei do Legislativo, dos julgamentos do Judiciário e das normas e práticas do Executivo. Lembrem, que o amigo da onça, o vampirão Temer, que nomeou Walter Mendes, também, viria a prestar apoio à Bolsonaro frente a Alexandre de Moraes. Talvez, por essa aliança, se explique porque Bolsonaro se omitiu frente aos PEDs, e deu causa a novos. Além de, brutalmente, atacar a categoria com reajustes do plano de saúde, que superaram 1000%

https://sindipetro.org.br/ams-direcao-da-petrobras-vai-aplicar-novo-custeamento-a-partir-de-janeiro/), com efeitos deletérios que permanecem até hoje.


Neste último quesito, a meu ver, para esconder todos os desmandos e omissões (https://www.conselheiroseleitospetros.com/_files/ugd/780790_347068446bc34e3c994f3b13ec3f3b0c.pdf ), desde a ditadura militar e anteriores aos governos Petistas. Governos de acordão com tudo e com todos, vinculados a um fisiologismo em que até Bolsonaro compunha a base de apoio.


Nesse quadro de PEDs, imaginem... Os grandes banqueiros sorriam com a nossa desgraça e já esperavam se beneficiar de uma potencial insolvência e desnaturação de nossos planos BD, prontos para comprar nossos ativos a preços irrisórios e ainda a se passar de interventores para a “boa gestão do fundo de previdência”. Sem falar na disputa da privatização, que seria facilitada, e na disputa que permanece em curso, para aniquilar as entidades fechadas de previdência a fim dos grandes bancos assumirem a gestão de trilhões e passarem a roubar os participantes a partir da imposição de lucros para si.


Banqueiros e empresários manobram seus interesses sobre os recursos das reservas de previdência dos trabalhadores e operam a partir de cada manchete. Destruíram a previdência pública desvinculando verbas da União (DRU) que deveriam estar dedicadas ao financiamento das aposentadorias. Desviam o olhar da agiotagem que praticam contra a dívida pública para “ o déficit...”, seja em qual área pública for. Até quem vai ser acusado de corrupção já resta preestabelecido, e já julgado. E nunca são apontados os maiores beneficiários da corrupção, que são os grandes agentes do “mercado”. Vide AMERICANAS: o maior caso de corrupção do Brasil (https://sindipetro.org.br/fraude-americanas-prejuizo-so-para-os-trabalhadores-e-pequenos-investidores/ ), com os garotos mais espertos da sala, ainda, livres, leves e soltos, sem quaisquer constrangimentos para continuar operando empresarialmente. A alta bandidagem nacional/multinacional, nem do acumulado que rouba dos trabalhadores (diretamente ou por meio do Estado), não quer pagar nem 2% sobre um patrimônio a partir da casa dos R$ 80 milhões. Rejeitaram no Congresso Nacional uma migalha de imposto sobre grandes fortunas que é irrisório até para a faixa de um multimilionário com um patrimônio de R$ 10 milhões, que passaria a ter que pagar, 0,5% ao ano desse valor: R$ 50.000, algo como 8,34% do que lucraria se metade desse patrimônio estivesse aplicado em renda fixa no Brasil. Essa alta bandidagem não perdoa, rouba e explora, sistematicamente, mas não sofre com sequer um milésimo de controle e fiscalização, e muito menos com manchetes recorrentes. Só a legítima defesa da CLASSE TRABALHADORA pode vir a cessar esta “ordem” de roubalheira.


Isto é uma vergonha! O povo merece respeito! Aonde o Brasil vai parar! Se cancelar uns CPFs, em ordem decrescente de patrimônio dos bilionários, nunca veremos tanta distribuição de renda e redução dos níveis de corrupção no país. Me desculpem as hipérboles, mas, de fato, há um incentivo estrutural para todo trabalhador perder o seu réu primário. Para aqueles roubados, diretamente, em suas aposentadorias, nem se fala.


Então, ou se mobiliza e demonstra que segue até às últimas consequências, ou faz acordos injustos delimitando perdas. É, este, o quadro pós Bolsonaro, só é menos imoral: não aponta para o PETROS-3, mas não vai no rumo de que as Patrocinadoras honrem com todas as suas dívidas. A institucionalidade do marco fiscal em todas as esferas de poder, assim condicionam as “alternativas” de solução dos PEDs. Enquanto isso, oportunistas manipulam nossos medos e ódios nas redes, aumentam suas audiências e ganhos, e me parece que, no conjunto, trabalham para sabotar a imagem da PETROS e inviabilizar qualquer proposta de resolução dos PEDs que não seja do patamar do ataque do PETROS-3: com quitação à vista dos PEDs; abdicação de toda e qualquer ação judicial e correspondente pagamento de dívida por parte das Patrocinadoras; migração para um plano CD (sem paridade em caso de déficit) e; para os não repactuados, a abdicação do reajuste salarial da ativa. E tudo, sem qualquer transação judicial assegurando contrapartidas das Patrocinadoras, as livrando de todos os seus compromissos e riscos. O pior dos mundos.


OBS.: O quadro acima é o que vemos e denunciamos no último período, e muito dele já era denunciado durante todo o tempo em que o Conselho Fiscal da PETROS, por dezessete anos, rejeitou reiteradamente as contas da entidade. Talvez por isso podemos constatar que Malu Gaspar, em seu texto denúncia, caracteriza somente o “sindicalista da CUT”, e se omite, completamente, quanto à caracterização do segundo sindicalista não cutista e informa que o terceiro conselheiro eleito é que é “considerado independente”. Objetivamente, o segundo sindicalista, que sou eu, Vinícius Camargo, reivindica toda a oposição passada às gestões na PETROS: seja do PT, de TEMER ou de BOLSONARO. E poderia considerar que O Globo, sequer o caracteriza, pois se o fizesse desconstruiria o quadro que pinta: “dos petistas” e todos os sindicalistas trabalhando pra avacalhar o plano. Enquanto o “independente”, seria o único na defesa contra possíveis desmandos. Conhecemos os fatos e as versões e, quando pudermos falar abertamente dos fatos cada um poderá identificar as várias versões. E bota versões nisso aí.


O trecho da nota ao qual me refiro:

“Dos seis conselheiros da Petros, três são indicados pela Petrobras e outros três eleitos diretamente. Entre eles estão dois sindicalistas, um deles ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Federação Única dos Petroleiros (FUP), que exerce forte influência na gestão de Magda Chambriard à frente da empresa. O terceiro eleito é considerado independente.”

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